Peixe Cachimbo (Microphis lineatus) 10 a 15 cm RARIDADE
Cód. 11289
R$ 71.00
Os peixes-cachimbo pertencem à família Syngnathidae, ordem Syngnathiformes, onde também estão agrupados os cavalos-marinhos (gênero Hippocampus). O nome “peixe-cachimbo” foi dado em alusão ao formato do corpo e, principalmente, ao do focinho, quase sempre alongado e com a boca voltada para cima, semelhante a um cachimbo. Como características gerais, possuem corpo envolvido por forte armadura constituída de anéis ósseos articulados, aberturas branquiais reduzidas e ausência de nadadeiras pélvicas. Em algumas espécies as nadadeiras peitorais também estão ausentes enquanto outras têm projeções e filamentos dérmicos na região da cabeça.


Geralmente, os peixes-cachimbo não apresentam locomoção rápida. Costumam ser encontrados em águas litorâneas rasas e calmas, em recifes e pedras cobertos de algas ou entre a vegetação marginal de rios, estuários e manguezais.



A sua coloração (tonalidades e padrões), que provavelmente está relacionada com o ambiente onde vivem, mostra grande diversidade, tais como negro, marrom, castanho, oliva, vermelho, verde e amarelo. Alguns apresentam barras verticais claras sobre fundo escuro ou barras escuras sobre fundo claro. O formato do corpo, o comportamento e o colorido garantem aos peixes-cachimbo excelente camuflagem, o que leva seus predadores e presas a confundi-los com o ambiente.

Os peixes-cachimbo mostram dimorfismo sexual. Os machos possuem uma bolsa incubadora na parte ventral do tronco ou da cauda. Esta bolsa desenvolve-se com o crescimento do peixe, sendo difícil identificar o sexo dos indivíduos jovens.

Segundo Edmonds (1989), o acasalamento envolve várias partes do corpo. O casal adota uma posição vertical, nadando um em volta do outro na tentativa de juntar os corpos. O macho utiliza sua cabeça para acariciar a cabeça da fêmea e move o corpo como um saca-rolhas até que fiquem entrelaçados. Após este ritual, a fêmea insere seu ovopositor na bolsa incubadora do macho e elimina os ovócitos, que são fecundados e carregados por ele até o momento da eclosão. Na maioria das espécies, os prolongamentos laterais da bolsa incubadora dobram-se para dentro, protegendo os ovos. Em outras, como Microphis aff. lineatus, os ovos ficam expostos ao contato direto com o ambiente. Os filhotes, após um período de incubação, são eliminados na água, existindo poucas informações sobre seu desenvolvimento.

Muito exigentes no que diz respeito à alimentação, os peixes-cachimbo preferem comer presas vivas, tendo sua dieta composta de pequenos organismos de origem animal, sobretudo microcrustáceos encontrados em tufos de briozoários, zooplâncton, larvas de insetos e peixes jovens. Alguns criadores usam comida congelada para alimentar cavalos-marinhos, levando-nos a supor que este tipo de alimento também possa ser aproveitado em cativeiro. No entanto, para o aquariofilista, pode se tornar difícil conseguir suprimentos diários de microorganismos vivos ou quantidades suficientes para congelar, provendo as necessidades dos peixes-cachimbo. Essa exigência alimentar não significa, porém, uma barreira aos que se aventurem a pesquisar a criação destes peixes, uma vez que poderão alimentá-los com Artemia salina, fácil de encontrar nas lojas especializadas, e que deve ser ministrado na forma de náuplios, ou seja, logo após a eclosão dos cistos. As artêmias adultas também devem ser usadas como alimentação complementar.



No Brasil, existem poucos estudos, provavelmente devido à dificuldade em realizar coletas de determinadas espécies com número satisfatório de exemplares, ou ao fato de sua sistemática ainda permanecer confusa. Entretanto, no exterior, os peixes-cachimbo vêm recebendo maior atenção, com espaço garantido nas grandes exposições.



Vale ressaltar que a coleta indiscriminada, muitas vezes sem permissão do Ibama, somada à crescente poluição ambiental em ambientes estuarinos e aterro de manguezais (ainda comuns no Brasil, apesar de proibido), vêm ameaçando algumas espécies desta família, principalmente os cavalos-marinhos.

FONTE REVISTA HABITAT - FOTOS MARCELO NOTARE
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